quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Influência do calor no trabalho


O calor excessivo pode ser considerado como um inimigo no nosso trabalho. Ele influi diretamente no nosso desempenho, fazendo com que o cansaço apareça precocemente, deixando-nos muito das vezes até irritados.

Nosso organismo tem mecanismos de defesa contra o calor que são mecanismos termorreguladores. Eles fazem com que a pessoa comece a suar. A pele mantendo-se molhada pelo suor faz com que as pessoas sintam a sensação de frescor.

O ambiente térmico pode ser descrito por meio de quatro parâmetros:
Temperatura, umidade, movimentação do ar e o calor radiante, podendo ser natural (sol) ou artificial (forno). As medições destes fatores ambientais servem para avaliar se um indivíduo está próximo ou não de sua capacidade de resistência.

Estas avaliações são realizadas pelos técnicos e o resultado é comparado com dados previstos na legislação. A condição homeotérmica (mesma temperatura) do corpo humano possibilita através de mecanismos fisiológicos a manutenção da temperatura interna ideal mesmo diante de agressões ambientais que variam de 50 graus negativos a 100 graus Celsius quando devidamente protegidos. Sem proteção essa variação é de 10 graus a 60 graus Celsius.

A principal forma de proteção ao calor, como já dito é através do suor. Outro mecanismo é a evaporação do próprio suor, pelas vias respiratórias e pelas vias urinárias. Portanto a perda de água e sais minerais é intensa em ambientes quentes, sendo necessário à reposição sempre.

O desequilíbrio crônico entre as perdas e a reposição ocasiona os seguintes sintomas: desidratação, cãibras, fadiga prematura, esgotamento, lesões da pele, baixa produtividade, intermação (temperatura do corpo superior a 40 graus C.).

A maneira mais eficaz na minimização dos efeitos do calor sobre nosso organismo é adotar alguns cuidados na exposição contínua, devendo observar as seguintes recomendações:

·         Após algum tempo de trabalho em ambientes com incidência solar ou em ambientes confinados sem ventilação em épocas de muito calor, procurar descansar alguns minutos em locais mais ventilados e frescos.
·         Evite bebidas alcoólicas nas noites que antecedem uma jornada de trabalho em locais quentes. O álcool ingerido faz com que aumente ainda mais a necessidade de ingestão de água já deficiente nestes casos.
·         Procure beber água o suficiente apenas para suprir suas necessidades fisiológicas.
·         Procure ingerir algumas pitadas de sal de cozinha, contudo sem excesso, pois o sal provoca mais sede.
·         Procure ir para o trabalho com roupas limpas. As roupas sujas são menos ventiladas em função do suor, sujeira e outros produtos presentes.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Entendendo as causas do stress


A todo instante estamos fazendo atividades de adaptação, ou seja, tentativas de nos ajustarmos às mais variadas exigências, seja do ambiente externo, seja do mundo interno, atingindo este vasto mundo de idéias, sentimentos, desejos, expectativas, sonhos, imagens, que cada um tem dentro de si.

Selye demonstrou, em trabalhos publicados a partir de 1936, que o organismo quando exposto a um esforço desencadeado por um estímulo percebido como ameaçador à homeostase, seja ele físico, químico, biológico ou mesmo psicossocial, apresenta a tendência de responder de forma uniforme e inespecífica, anatômica e fisiologicamente.

A esse conjunto de reações inespecíficas na qual o organismo participa como um todo, ele chamou de Síndrome Geral de Adaptação. Esta síndrome consiste em três fases: Reação de Alarme, Fase de Resistência e Fase de Exaustão.

Não é necessário que a fase se desenvolva até o final para que haja o estresse e é evidentemente só nas situações mais graves que se atinge a última fase, a de exaustão.

A Reação de Alarme subdivide-se em dois tempos: choque e contrachoque. Parte dessa reação assemelha-se à Reação de Emergência de Cannon. Ele percebeu que quando um animal era submetido a estímulos agudo ameaçadores da homeostase, inclusive medo, raiva, fome e dor, o animal apresentava uma reação em que se preparava para a luta ou fuga. Esta reação caracteriza-se por:

a) aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, para permitir que o sangue circule mais rapidamente e, portanto, para chegar aos músculos esqueléticos e cérebro mais oxigênio e nutrientes e facilite a mobilidade e o movimento;

b) contração do baço, levando mais glóbulos vermelhos à corrente sanguínea, acarretando mais oxigênio para o organismo particularmente nas áreas estrategicamente favorecidas;

c) o fígado libera glicose armazenada na corrente sanguínea para que seja utilizada como alimento e, conseqüentemente, mais energia para os músculos e cérebro;

d) redistribuição sanguínea, diminuindo o fluxo para a pele e vísceras, aumentando para músculos e cérebro;

e) aumento da freqüência respiratória e dilatação dos brônquios, para que o organismo possa captar e receber mais oxigênio;

f) dilatação pupilar e exoftalmia, isto é, a protuberância do olho para fora do globo ocular, para aumentar a eficiência visual;

g) aumento do número de linfócitos na corrente sanguínea, para reparar possíveis danos aos tecidos por agentes externos agressores.

Tais reações são desencadeadas por descargas adrenérgicas da medula da glândula supra-renal e de noradrenalina em fibras pós-ganglionares do sistema nervoso autônomo simpático Em estudos realizados com seres humanos, Funkestein descobriu que a raiva dirigida para fora estava associada à secreção de noradrenalina, enquanto a depressão e a ansiedade associavam-se a uma secreção de adrenalina.

Paralelamente, é acionado o eixo hipotálamo-hipófise-supra-renal que desencadeia respostas mais lentas e prolongadas e que desempenha um papel crucial na adaptação do organismo ao estresse a que está sendo submetido.

O estímulo agudo provoca a secreção no hipotálamo do hormônio "corticotrophin releasing hormone", que por sua vez determina a liberação de ACTH da adeno-hipófise, além de outros neuro-hormônios e peptídeos cerebrais, como as beta-endorfinas, STH, prolactina etc.

O ACTH desencadeia a síntese e a secreção de glicocorticóides pelo córtex da supra-renal. Estabelece-se então um mecanismo de feedback negativo com os glicocorticóides atuando sobre o eixo hipotálamo-hipofisário.

Estas reações são mediadas pelo sistema diencéfalo-hipofisário, visto que não surgem em animais de experimentação que tiveram a hipófise ou parte do diencéfalo destruídos.

Se os agentes estressantes desaparecerem, tais reações tendem a regredir; no entanto, se o organismo é obrigado a manter seu esforço de adaptação, entra em uma nova fase, que é chamada Fase de Resistência, que se caracteriza basicamente pela reação de hiperatividade córtico-supra-renal, sob mediação diencéfalo-hipofisária, com aumento volumétrico do córtex da supra-renal, atrofia do baço e de estruturas linfáticas, leucocitose, diminuição de eosinófilos e ulcerações.

Se os estímulos estressores continuarem a agir, ou se tornarem crônicos e repetitivos, a resposta basicamente se mantém, mas com duas características: diminuição da amplitude e antecipação das respostas.

Poderá ainda haver falha nos mecanismos de defesa, com desenvolvimento da terceira fase, que é a de Exaustão, com retorno à Fase de Alarme de Cannon, dificuldade na manutenção de mecanismos adaptativos, perda de reserva energética e morte.

As reações de estresse resultam, pois, de esforços de adaptação. No entanto, se a reação ao agressor for muito intensa ou se o agente do estresse for muito potente e/ou prolongado, poderá haver, como conseqüência, doença ou maior predisposição ao desenvolvimento de doenças.

Pois a reação protetora sistêmica desencadeada pelo estresse pode ir além da sua finalidade e dar lugar a efeitos indesejáveis, devido à perda de equilíbrio geral dos tecidos e órgãos e defesa imunológica do organismo. É oportuno lembrarmos mais uma vez Levi (1971): "o ser humano é capaz de adaptar-se ao meio ambiente desfavorável, mas esta adaptação não ocorre impunemente".

O perigo parece ser maior nas situações em que a energia mobilizada pelo estresse psicoemocional não pode ser consumida. Aliás, Seyle nos lembra que as doenças de adaptação são predominantemente conseqüências do excesso de reações de submissão.

As colocações acima podem ser mais facilmente comprovadas nas doenças em que notoriamente há um componente de esforço de adaptação, como, por exemplo, nas úlceras digestivas, nas alterações da pressão arterial, crises hemorroidicas, alterações inflamatórias do aparelho gastrintestinal, alterações metabólicas várias etc.

O estresse pode ser físico, emocional ou misto. O estresse misto é o mais comum, pois o estresse físico (associado a eventos como cirurgias, traumatismos, hemorragias e lesões em geral) compromete também o emocional já que a dor induz a estados emocionais bastante intensos.

O estresse emocional resulta de acontecimentos que afetam o indivíduo psiquicamente ou emocionalmente, sem que haja relação primária com lesões orgânicas. O estresse misto se estabelece quando uma lesão física é acompanhada de comprometimento psíquico (emocional) ou vice-versa.

Öhman, Esteves e Parra (1995) apontam três categorias de acontecimentos estressantes. Na primeira categoria encontram-se aqueles que impõem grandes exigências à capacidade de enfrentamento de uma pessoa e ocorrem com pouca freqüência, como por exemplo, a morte de um ente querido, a perda de um emprego, ser aprisionado etc.

Os pequenos acontecimentos estressantes, chamados de problemas do cotidiano constituem a segunda categoria e acontecem com maior freqüência na vida das pessoas. Na terceira categoria encontram-se os conflitos contínuos da vida: problemas de casais, desemprego prolongado, dificuldade de educar os filhos, etc.

Entretanto, as pessoas diferem quanto à sua forma de reagir aos desafios impostos pela vida. Enquanto algumas são capazes de superar uma perda altamente significativa, outros podem dar início a um transtorno psiquiátrico diante de um acontecimento estressante de menor gravidade. Assim, as variáveis individuais desempenham um papel decisivo na formação de um problema psicopatológico.

Além dos acontecimentos estressantes da vida, Barlow (1993) sugere a existência de uma vulnerabilidade biológica e uma vulnerabilidade psicológica necessárias para a formação de um transtorno de ansiedade.
A vulnerabilidade biológica refere-se a uma tendência herdada a manifestar ansiedade. Algumas pessoas reagem com uma ativação fisiológica maior aos acontecimentos estressantes.

Mas essa resposta fisiológica é pouco específica, não determina por si só, se uma pessoa desenvolverá transtorno de ansiedade ou que tipo de transtorno de ansiedade ou que tipo de transtorno poderá ocorrer.

A vulnerabilidade psicológica corresponde a uma percepção de imprevisibilidade em relação ao mundo, que é aprendida, a partir da relação familiar e das experiências de vida. 

Assim, se uma pessoa possui o componente biológico e desenvolve o componente psicológico, ela estará predisposta a sofrer de um transtorno de ansiedade, a partir do momento em que surgirem os acontecimentos estressantes da vida, os quais funcionam com o estímulo disparador que conduz a um transtorno de ansiedade.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O que são doenças psicossomáticas e no que afetam os colaboradores?


As doenças psicossomáticas surgem como conseqüência de processos psicológicos e mentais do indivíduo desajustados das funções somáticas e viscerais e vice-versa.

Caracterizam-se as possibilidades de distúrbios de função e de lesão nos órgãos do corpo, devido ao mau uso e ao efeito degenerativo, e descontroles dos processos mentais. Diferenciam-se neste ponto das doenças mentais, em que o mau desempenho não é opcional.

Distúrbios emocionais desempenham papel importante, precipitando início, recorrência ou agravamento de sintomas, distinguindo das doenças puramente orgânicas. Porém, elas podem se transformar em doenças crônicas ou tiver com um curso fásico.

Tendem a associar-se com outros distúrbios psicossomáticos. Isso pode ocorrer numa família, em diferentes períodos da vida de um paciente ou em certos ambientes de trabalho e até de lazer.
Mostram grandes diferenças de incidência nos dois sexos. 

Assim, asma é duas vezes mais freqüente nos meninos do que nas meninas, antes da puberdade, depois, é menos comum nos homens do que nas mulheres. A úlcera do duodeno manifesta-se mais em homens, e a doença de Basedow, mais em mulheres.

O CONCEITO DE ESTRESSE

A palavra estresse quer dizer "pressão", "tensão" ou "insistência", portanto estar estressado quer dizer "estar sob pressão" ou "estar sob a ação de estímulo insistente". É importante não confundir estado fásico de estresse com estado de alarme de Cannon, pois há alguns critérios estabelecidos para que se possa assumir que um indivíduo está estressado e não simplesmente com alerta temporária.

Chama-se de estressor qualquer estímulo capaz de provocar o aparecimento de um conjunto de respostas orgânicas, mentais, psicológicas e/ou comportamentais relacionadas com mudanças fisiológicas padrões estereotipadas, que acabam resultando em hiperfunção da glândula supra-renal e do sistema nervoso autônomo simpático.

Essas respostas em princípio têm como objetivo adaptar o indivíduo à nova situação, gerada pelo estímulo estressor, e o conjunto delas, assumindo um tempo considerável, é chamado de estresse. O estado de estresse está então relacionado com a resposta de adaptação.

O estresse é essencialmente um grau de desgaste no corpo e da mente, que pode atingir níveis degenerativos. Impressões de estar nervoso, agitado, neurastênico ou debilitado podem ser percepções de aspectos subjetivos de estresse.

Contudo, estresse não implica necessariamente uma alteração mórbida: a vida normal também acarreta desgaste na máquina do corpo. O estresse pode ter até valor terapêutico, como é o caso no esporte e no trabalho, exercidos moderadamente. Assim, uma partida de tênis ou um beijo apaixonado podem produzir considerável estresse sem causar danos de monta.

O estresse produz certas modificações na estrutura e na composição química do corpo, que podem ser avaliadas. Algumas dessas modificações são manifestações das reações de adaptação do corpo, seu mecanismo de defesa contra o estressor; outras já são sintomas de lesão.

No conjunto dessas modificações o estresse é denominado síndrome de adaptação geral (SAG), termo cunhado por Hans Selye, o criador e pesquisador que levantou pioneira e profundamente a questão.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O que são KPI´s e o que eles podem me ajudar para melhorar meus resultados?


Os indicadores de desempenho, também chamados de KPIs (key performance indicators) são medidas de desempenho quantificáveis que ajudam as empresas a definir, avaliar, acompanhar e melhorar seu desempenho em áreas consideradas importantes para a organização.
Por refletirem aspectos estratégicos da empresa, devem ser cuidadosamente selecionados, para que os colaboradores possam olhar para o indicador, tentar melhorá-lo, e com isso, melhorar o desempenho geral da empresa.
Assim, servem para direcionar os esforços da equipe para aquilo que a alta gerência considera importante.
Mas quais são os indicadores mais indicados para cada empresa? O segredo é customizar a seleção dos indicadores, para que eles reflitam uma situação que é única para cada empresa. Não se devem utilizar todos os indicadores disponíveis, isto seria uma enorme perda de tempo.
 Aqui, a regra do Pareto é válida: poucos são vitais, a maioria é trivial. Um departamento que tenha 5 bons KPIs está no caminho certo para direcionar seus esforços para a melhoria contínua naqueles itens escolhidos, que serão sua vantagem competitiva.
Outro aspecto importante é compreender a relação entre eles e com a empresa. Isto significa saber o que se passa por trás dos números apresentados. O número não pode ser um troféu, o processo por trás do número é o verdadeiro troféu a ser alcançado.
Assim, quando a gerência lê o relatório com o KPI, é preciso que ela entenda o que ele significa quais as implicações de cada alteração e como eles interagem. Por exemplo, se o giro de estoque aumentou, mas o giro financeiro manteve-se igual, é possível que algo precise ser melhor explorado.
Uma vez que os indicadores estejam compreendidos e os número sendo avaliados, é hora de identificar os pontos fracos e fortes da organização, direcionando novamente esforços para melhorar os elos mais fracos.
Isto pode ser obtido através de dois passos: criação de metas e de ações corretivas. Onde queremos chegar e o como chegaremos lá.
Por fim, basta não jogar os relatórios no fundo da gaveta: é preciso fazer um acompanhamento constante e uma comparação ao longo do tempo. As ações corretivas surtiram o efeito desejado?
Se sim, qual o próximo elo mais fraco a ser abordado? Caso contrário, o que saiu errado, como corrigir e qual a próxima meta a ser atingida?

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Norma Regulamentadora 4 e suas Aplicações


4.1 As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

4.2 O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II.

4.2.1 Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos de 1 (um) mil empregados e situados no mesmo estado, território ou Distrito Federal não serão considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal responsável, a quem caberá organizar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

4.2.1.1 Neste caso, os engenheiros de segurança do trabalho, os médicos do trabalho e os enfermeiros do trabalho poderão ficar centralizados.

4.2.1.2 Para os técnicos de segurança do trabalho e auxiliares de enfermagem do trabalho, o dimensionamento será feito por canteiro de obra ou frente de trabalho, conforme o Quadro II, anexo.

4.2.2 As empresas que possuam mais de 50% (cinqüenta por cento) de seus empregados em estabelecimentos ou setor com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade principal deverão dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em função do maior grau de risco, obedecido o disposto no Quadro II desta NR.

4.2.3 A empresa poderá constituir Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho centralizado para atender a um conjunto de estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser percorrida entre aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não ultrapasse a 5.000 (cinco mil metros), dimensionando-o em função do total de empregados e do risco, de acordo com o Quadro II, anexo, e o subitem 4.2.2.

4.2.4 Havendo, na empresa, estabelecimento(s) que se enquadre(m) no Quadro II, desta NR, e outro(s) que não se enquadre(m), a assistência a este(s) será feita pelos serviços especializados daquele(s), dimensionados conforme os subitens 4.2.5.1 e 4.2.5.2 e desde que localizados no mesmo Estado, Território ou Distrito Federal.

4.2.5 Havendo, na mesma empresa, apenas estabelecimentos que, isoladamente, não se enquadre no Quadro II, o cumprimento desta NR serão feito através de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho centralizados em cada estado, território ou Distrito Federal, desde que o total de empregados dos estabelecimentos no estado, território ou Distrito Federal alcance os limites previstos no quadro II, aplicado o disposto no subitem 4.2.2.

4.2.5.1 Para as empresas enquadradas no grau de risco 1 o dimensionamento dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá ao Quadro II, anexo, considerando-se como número de empregados o somatório dos empregados existentes no estabelecimento que possua o maior número e a média aritmética do número de empregados dos demais estabelecimentos, devendo todos os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, assim constituídos, cumprir tempo integral.

4.2.5.2 Para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4, o dimensionamento dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá ao Quadro II, anexo, considerando-se como número de empregados o somatório dos empregados de todos os estabelecimentos.
4.3 As empresas enquadradas no grau de risco 1 obrigadas a constituir Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e que possuam outros serviços de medicina e engenharia poderão integrar estes serviços com os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho constituindo um serviço único de engenharia e medicina.

4.3.1 As empresas que optarem pelo serviço único de engenharia e medicina fica obrigadas a elaborar e submeter à aprovação da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, até o dia 30 de março, um programa bienal de segurança e medicina do trabalho a ser desenvolvido. 
4.3.1.1 As empresas novas que se instalarem após o dia 30 de março de cada exercício poderão constituir o serviço único de que trata o subitem 4.3.1 e elaborar o programa respectivo a ser submetido à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho, no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua instalação.

4.3.1.2 As empresas novas, integrantes de grupos empresariais que já possuam serviço único, poderão ser assistidas pelo referido serviço, após comunicação à DRT.  

4.3.2 À Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho fica reservado o direito de controlar a execução do programa e aferir a sua eficácia.

4.3.3 O serviço único de engenharia e medicina deverá possuir os profissionais especializados previstos no Quadro II, sendo permitido aos demais engenheiros e médicos exercerem Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, desde que habilitados e registrados conforme estabelece a NR-27.

4.3.4 O dimensionamento do serviço único de engenharia e medicina deverá obedecer ao disposto no Quadro II desta NR, no tocante aos profissionais especializados.

4.4 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser integrados por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, obedecido o Quadro II, anexo.

4.4.1 Para fins desta NR, as empresas obrigadas a constituir Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão exigir dos profissionais que os integram comprovação de que satisfazem os seguintes requisitos:

a) Engenheiro de Segurança do Trabalho - engenheiro ou arquiteto portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação;

b) Médico do Trabalho - médico portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de certificado de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina;

c) Enfermeiro do Trabalho - enfermeiro portador de certificado de conclusão de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em enfermagem;

d) Auxiliar de Enfermagem do Trabalho - auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada reconhecida e autorizada pelo Ministério da Educação;

e) Técnico de Segurança do Trabalho: técnico portador de comprovação de Registro Profissional expedido pelo Ministério do Trabalho.

4.4.1.1 Em relação às Categorias mencionadas nas alíneas "a" e "c", observar-se-a o disposto na Lei no 7.410, de 27 de novembro de 1985.

4.4.2 Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser empregados da empresa, salvo os casos previstos nos itens 4.14 e 4.15.

4.5 A empresa que contratar outra(s) para prestar serviços em estabelecimentos enquadrados no Quadro II, anexo, deverá estender a assistência de seus Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho aos empregados da(s) contratada(s), sempre que o número de empregados desta(s), exercendo atividade naqueles estabelecimentos, não alcançar os limites previstos no Quadro II, devendo, ainda, a contratada cumprir o disposto no subitem 4.2.5.

4.5.1 Quando a empresa contratante e as outras por ela contratadas não se enquadrarem no Quadro II, anexo, mas que pelo número total de empregados de ambos, no estabelecimento, atingirem os limites dispostos no referido quadro, deverá ser constituído um serviço especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho comum, nos moldes do item 4.14.

4.5.2 Quando a empresa contratada não se enquadrar no Quadro II, anexo, mesmo considerando-se o total de empregados nos estabelecimentos, a contratante deve estender aos empregados da contratada a assistência de seus Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, sejam estes centralizados ou por estabelecimento.

4.5.3 A empresa que contratarem outras para prestar serviços em seu estabelecimento pode constituir SESMT comum para assistência aos empregados das contratadas, sob gestão própria, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.

4.5.3.1 O dimensionamento do SESMT organizado na forma prevista no subitem 4.5.3 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a atividade econômica do estabelecimento da contratante.

4.5.3.2 No caso previsto no item 4.5.3, o número de empregados da empresa contratada no estabelecimento da contratante, assistidos pelo SESMT comum, não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT da empresa contratada.

4.5.3.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.5.3 deve ter seu funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes da empresa contratante, do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade prevista na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.

4.6 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho das empresas que operem em regime sazonal deverão ser dimensionados, tomando-se por base a média aritmética do número de trabalhadores do ano civil anterior e obedecidos os Quadros I e II anexos.

4.7 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser chefiados por profissional qualificado, segundo os requisitos especificados no subitem 4.4.1 desta Norma Regulamentadora.

4.8 O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho deverão dedicar 8 (oito) horas por dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no Quadro II, anexo.

4.9 O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 (três) horas (tempo parcial) ou 6 (seis) horas (tempo integral) por dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no Quadro II, anexo, respeitada a legislação pertinente em vigor.
4.10 Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho somos vedados o exercício de outras atividades na empresa, durante o horário de sua atuação nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

4.11 Ficarão por conta exclusiva do empregador todo o ônus decorrente da instalação e manutenção dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

4.12 Competem aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho:

a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador;

b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o exija;

c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na alínea "a";

d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos;

e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5;

f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração permanente;

g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;

h) analisar e registrar em documento (s) específico (s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do (s) indivíduo (s) portador (es) de doença ocupacional ou acidentado(s);

i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo a empresa encaminharem um mapa contendo avaliação anual dos mesmos dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro, através do órgão regional do MTb;

j) manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas "h" e "i" por um período não inferior a 5 (cinco) anos;

l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades.

4.13 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão manter entrosamento permanente com a CIPA, dela valendo-se como agente multiplicador, e deverão estudar suas observações e solicitações, propondo soluções corretivas e preventivas, conforme o disposto no subitem 5.14.1. da NR 5.

4.14 As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II, anexo a esta NR, poderão dar assistência na área de segurança e medicina do trabalho a seus empregados através de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho comuns, organizados pelo sindicato ou associação da categoria econômica correspondente ou pelas próprias empresas interessadas.

4.14.1 A manutenção desses Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverá ser feita pelas empresas usuárias, que participarão das despesas em proporção ao número de empregados de cada uma.

4.14.2 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho previstos no item 4.14 deverão ser dimensionados em função do somatório dos empregados das empresas participantes, obedecendo ao disposto nos Quadros I e II e no subitem 4.2, desta NR.

4.14.3 As empresas de mesma atividade econômica, localizadas em um mesmo município, ou em municípios limítrofes, cujos estabelecimentos se enquadrem no Quadro II, podem constituir SESMT comum, organizado pelo sindicato patronal correspondente ou pelas próprias empresas interessadas, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.

4.14.3.1 O SESMT comum pode ser estendido a empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II, desde que atendidos os demais requisitos do subitem 4.14.3.

4.14.3.2 O dimensionamento do SESMT organizado na forma do subitem 4.14.3 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos.

4.14.3.3 No caso previsto no item 4.14.3, o número de empregados assistidos pelo SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT das empresas.

4.14.3.4 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.3 deve ter seu funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das empresas, do sindicato de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas na Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.

4.14.4. As empresas que desenvolvem suas atividades em um mesmo pólo industrial ou comercial podem constituir SESMT comum, organizado pelas próprias empresas interessadas, desde que previsto nas Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho das categorias  envolvidas.

4.14.4.1 O dimensionamento do SESMT comum organizado na forma do subitem 4.14.4 deve considerar o somatório dos trabalhadores assistidos e a atividade econômica que empregue o maior número entre os trabalhadores assistidos.

4.14.4.2 No caso previsto no item 4.14.4, o número de empregados assistidos pelo SESMT comum não integra a base de cálculo para dimensionamento do SESMT das empresas.

4.14.4.3 O SESMT organizado conforme o subitem 4.14.4 deve ter seu funcionamento avaliado semestralmente, por Comissão composta de representantes das empresas, dos sindicatos de trabalhadores e da Delegacia Regional do Trabalho, ou na forma e periodicidade previstas nas Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho.
(
4.15 As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de instituição oficial ou instituição privada de utilidade pública, cabendo às empresas o custeio das despesas, na forma prevista no subitem 4.14.1.

4.16 As empresas cujos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho não possuam médico do trabalho e/ou engenheiro de segurança do trabalho, de acordo com o Quadro II desta NR, poderão se utilizar dos serviços destes profissionais existentes nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho mencionados no item 4.14 e subitem 4.14.1 ou no item 4.15, para atendimento do disposto nas Normas Regulamentadoras.

4.16.1 O ônus decorrente dessa utilização caberá à empresa solicitante.

4.17 Os serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho de que trata esta NR deverão ser registrados no órgão regional do MTb.

4.17.1 O registro referido no item 4.17 deverá ser requerido ao órgão regional do MTb e o requerimento deverá conter os seguintes dados:

a) nome dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho;

b) número de registro dos profissionais na Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho do MTb;

c) número de empregados da requerente e grau de risco das atividades, por estabelecimento;

d) especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento;

e) horário de trabalho dos profissionais dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

4.18 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, já constituídos, deverão ser redimensionados nos termos desta NR e a empresa terá 90 (noventa) dias de prazo, a partir da publicação desta Norma, para efetuar o redimensionamento e o registro referido no item 4.17.

4.19 A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo assegurar, como um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o exercício profissional dos componentes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. O impedimento do referido exercício profissional, mesmo que parcial e o desvirtuamento ou desvio de funções constituem, em conjunto ou separadamente, infrações classificadas no grau I4, se devidamente comprovadas, para os fins de aplicação das penalidades previstas na
NR-28.

4.20 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços considera-se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que os seus empregados estiverem exercendo suas atividades. 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Não procurar culpados, e sim, a solução...


Tentamos fazer um bom trabalho de verificação nas inspeções de risco e seguimos as recomendações que saem destas inspeções. Tentamos fazer um trabalho completo de investigação das causas de todos os acidentes. Não fazemos isto para colocar alguém na berlinda ou para culpar alguém.

Fazemos isto apenas por um motivo: evitar que novos acidentes ocorram. Provavelmente alguns de vocês estejam pensando: “Nenhuma investigação impediu o acidente que está sendo investigado”.  Se for isto que vocês estão pensando, vocês estão completamente certos.

Porém, boas investigações, criteriosas, não tendenciosas podem ajudar em muito na prevenção do próximo acidente. Todos os acidentes são provocados - eles não acontecem por acaso.

 Descobre-se a causa do acidente, podemos fazer alguma coisa para eliminá-la e impedir que outro acidente como aquele aconteça. Mas se apenas dermos de ombros, se apenas dissermos: “Foi uma coisa desagradável, que podemos fazer? Estas coisas acontecem. Foi um azar”, então podemos estar certos de que outros acidentes como aquele acontecerá.

A maioria dos acidentes apresenta mais de que uma causa. Por exemplo: um homem perde o equilíbrio e cai de uma escada. Se na investigação a conclusão teve como causas: “o funcionário não teve cuidado” ou “a proteção não estava no lugar” estamos parando a investigação sem termo esgotado todas as possibilidades.

Peguemos o caso novamente. O homem que perdeu o equilíbrio e caiu da escada. Pergunta-se: a escada estava com defeito?  E se estava porque ela estava sendo usada? O homem sabia que a escada estava em boas condições de uso e relato isto? Se não sabia, ele foi instruído corretamente sobre como e o que inspecionar numa escada, ou a escada estava em boas condições, mas foi usada de maneira inadequada?

Ela foi colocada num corredor onde uma pessoa poderia esbarrar?  Se foi, porque não havia uma pessoa no pé da escada para manter as outras pessoas afastadas?  Ela poderia ter sido presa no topo?  Ele tinha tamanho correto para o local?  Ela foi posicionada com o ângulo certo em relação à parede, ou foi o próprio trabalhador que fez algo inseguro? Ele estava subindo com algum objeto pesado que possa ter sido içado por uma corda? 

Se estava, foi dito a ele para usar uma corda? Ele segurava objetos com as mãos soltas? Ele tentou virar-se para descer a escada de costa para ela? Ele tentou segurar algo que foi jogado para ele e perdeu o equilíbrio?

Estas são, acredite ou não, apenas algumas perguntas que podem ser feitas sobre um acidente muito simples. Se investigarmos a fundo em busca da causa ou causas fundamentais, então estamos contribuindo para que possa evitar outros acidentes dessa natureza.

Acima de tudo a Segurança quer saber se foi totalmente uma questão de falta de cuidado, ou se existiram outras condições que contribuíram para provocar o acidente.

A investigação de acidente que seja real, sólida, consistente, profunda e que atinja todas as circunstâncias que envolvem o acidente é um dos melhores instrumentos que precisamos dominar para trabalhar com segurança.

Todos saem lucrando com a investigação neste departamento e lucram com as investigações feitas em outras áreas da empresa.

A mesma coisa acontece com as inspeções de segurança e os acompanhamentos das recomendações da segurança. Elas são realizadas para e preparadas para identificar ou eliminar as condições de risco.

Todos os maus hábitos, todas as peças defeituosas dos equipamentos, todas as inconformidades deverão ser relatadas ao Gerente, antes que alguém se acidenta.

Lembre-se não estamos atrás da cabeça de ninguém. Não estamos querendo colocar ninguém na berlinda. Apenas queremos impedir que algum de nos se machuque por um acidente.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Choque eletrico [CENAS FORTES]

Google, Facebook, Twitter e outros sites poderão fechar dia 23 de janeiro | AN Alagoinhas Notícias

Google, Facebook, Twitter e outros sites poderão fechar dia 23 de janeiro | AN Alagoinhas Notícias

Todo dia as oportunidades se renovam, a prevenção tambem


Os trabalhos industriais são muito mais complexos cada dia, pelo que o conceito de prevenção de acidentes se tem desenvolvido a tal ponto que necessitamos conhecê-lo completamente para poder evitar acidentes.

Talvez alguns de nós tenhamos trabalhado o tempo suficiente na indústria para dar-nos conta das mudanças que se tem experimentado. É fácil então hoje se dar conta que levamos em consideração muitos aspectos que antes se passava por cima.

A forma em que atuamos em que reagimos ante determinadas situações e problemas reflete em grande parte na forma em que pensamos e na forma em que concebemos a vida. Quero dizer, que se em nosso trabalho temos cuidado, interesse, preocupação e atenção, estamos refletindo uma atitude segura que é a se?

Deve adotar manter e desenvolver, não somente no trabalho, mas em todas as atividades que realizamos. Isto é muito importante porque a atitude de uma pessoa influi sobre a atitude de outras que a rodeiam e se essa atitude é errada, então a influência será negativa.

A atitude positiva ante a prevenção de acidentes pode começar por uma pessoa, mas pensem vocês quanto mais efetiva pode ser se o grupo inteiro se muda totalmente à cerca da formação de atitude seguras e positivas.

Todos nós devemos estar cientes dos perigos que nos rodeiam, assim como de tudo o que podemos fazer para corrigir as condições inseguras. Devemos sempre seguir e obedecer às normas de prevenção de acidentes esteja ou não presente o supervisor ou outra pessoa encarregada do grupo, já que por último e ao término se suceder algo indesejável o prejudicado será o que cometer o erro.

Tenha uma atitude que é muito pessoal e ao mesmo tempo totalmente coletiva; a preocupação pela prevenção de acidentes. Se todos adotarmos esta atitude e constantemente trabalharmos para melhorá-la, poderemos estar seguros de que em anos vindouros se verá claramente o futuro da mesma.

Talvez nossos filhos, no dia de manhã, possam olhar atrás e dizer que nos preocupamos e interessamos por melhorar as coisas.

Se algum de nós, todavia não tenha começado a interessar-se na causa da prevenção de acidentes, é hora de que olhe o passado, o compare com os esforços que se realizam em nossos dias, se convença de que já é tempo de começar.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Por que as pessoas não usam o cinto de segurança

Os argumentos são variados.
O que existe é muita desinformação sobre o assunto. As razões citadas em entrevistas, para a não utilização do cinto não tem qualquer apoio técnico.
São mitos que precisam ser derrubados:

- O Cinto de Segurança é necessário apenas em alta velocidade e percursos longos?  FALSO.

Muitos motoristas acreditam que o cinto é necessário somente nas estradas.
As estatísticas provam justamente o contrário. Mais da metade dos acidentes de trânsito com mortes ocorre à velocidade igual ou inferior a 64 Km/h. 65% dos acidentes fatais e 80% dos acidentes de trânsito em geral ocorrem num raio de 40 Km do local de residência das vítimas.

Este exemplo pode dar uma noção das conseqüências de um acidente a apenas 50 Km/h. Numa colisão frontal com um poste ou outro obstáculo fixo, o impacto sobre o corpo será igual ao de uma queda do quarto andar de um prédio.

- O Cinto é desconfortável? DISCUTÍVEL.

O uso do cinto é uma questão de hábito e disciplina. Quanto mais rápida é a adaptação. Até o ponto em que pôr e tirar o cinto vira um ato mecânico. Depois de criado o hábito, a sensação é de segurança e não de incômodo.

O cinto mantém o corpo na posição correta e dá maior estabilidade nas curvas e freadas. O modelo mais moderno, cinto de três pontos retrátil, é fácil de manejar e deixa os movimentos livres, ao mesmo tempo em que age prontamente em situação de perigo.

Se seu cinto não é deste tipo, vale à pena fazer a substituição. Compensa duplamente: pelo conforto e pela segurança.

- O Cinto de Segurança é dispensável quando o motorista é cauteloso e respeita as leis.  NÃO É VERDADE.
           
Por mais cuidadoso que seja o motorista, ele não está sozinho no trânsito, nem está livre de imprevistos. E por mais experiência que tenha, não está livre de cometer erros.

Pensar que os acidentes só acontece com os outros (os apressadinhos, os iniciantes, os vingativos, etc.) pode ser reconfortante, mas é também muito perigoso.

A possibilidade de causar ou sofrer um acidente é uma realidade difícil de ser encarada, mas que está sempre presente no dia-a-dia de qualquer um de nós.

Vencer esta barreira psicológica é o primeiro passo para adotar uma atitude positiva em relação ao cinto de segurança.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Direção + Bebida= Triste Combinação

Conscientização no Trânsito - Uso do Cinto de Segurança

AcampaDia Divulgação.avi

Administrar e Influenciar pessoas

Nos últimos anos, com as transformações que acontecem no mundo, impactando nas organizações e na sociedade como um todo, o que mais floresce no mercado são publicações e atividades contendo roteiros voltados para administrar pessoas.
São verdadeiras receitas nas quais muitos se apóiam e procuram seguir fielmente, esperando obter resultados satisfatórios. Em geral, no mundo das coisas práticas, basta observarem rigorosamente a ordem dos ingredientes e aguardar satisfatoriamente o resultado.

Acontece que, no mundo das pessoas, os acontecimentos não seguem uma ordem previsível. O ser humano pela sua essência e características peculiares, tem uma natureza que o faz diferente e único. Não é fácil prever suas reações nem estabelecer uma cadeia de atividades a ser seguida como um autômato. Mesmo as atividades rotineiras, adquirem as peculiaridades de quem às realiza.

Aí é que se apresenta, de forma bem clara, a encruzilhada não prevista nos manuais do como administrar...


O grande diferencial reside no próprio indivíduo que administra pessoas. É preciso haver uma coerência entre a praxis e a prática diuturna. Falar qual o caminho a seguir é muito fácil, mas seguir o exemplo apresentado, é onde reside o perigo: se não há uma coerência entre o fazer o que digo e realizá-lo , cai - se no descrédito e o administrador passa a ser olhado de soslaio.


Quando se faz a diferença:
Na medida em que as atitudes do dia a dia são coerentes com o que se deseja alcançar como padrão de comportamento e influenciar pessoas, vão - se criando interconexões, onde a organização passa a oferecer um campo de ação onde todos se sentem integrados, desafiados e motivados a contribuir.
Quando o administrador assume uma postura de aprendizagem e a alimenta, cria sinergia na sua equipe, formando times de aprendizagem, onde se é permitido errar. A preocupação está centrada nos valores que podem ser agregados à empresa e como cada um individualmente ( e em conjunto ) pode apoiar os processos ou cadeias de valores da empresa.
Constatou - se que empresas que trabalham valores como aspectos de integração e motivação pessoal, obtêm resultados positivos nos seus processos internos, resultando numa melhoria contínua do desempenho organizacional.
Quando valores são o principal investimento de uma empresa, qualquer sugestão de desconexão, rapidamente torna - se enfraquecida, porque encontra um ambiente no qual os indivíduos estão em sinergia e os processos organizacionais se ajustam às mudanças e condições dos negócios, através de canais de comunicação e informação imediatas.
As atividades e funções afins são executadas por diferentes pessoas que se relacionam, conhecem e se identificam com a organização que reflete e apóia os seus valores individuais.

O líder como impulsionador de pessoas:
Num ambiente de aprendizagem, a função primordial do administrador é alimentar constantemente esta atmosfera, gerando posturas de auto-desenvolvimento e aceitação de desafios como oportunidades de crescimento.
O grande diferencial está no próprio exemplo e no incentivo que dá a sua equipe. A presença do gerente estará restrita aos processos normativos empresariais, sem que implique na observância do bom senso em suas atitudes pessoais e interpessoais.
O líder deve prevalecer em todas as ocasiões, incentivando, apoiando, exercendo a própria ação de agente implementador das mudanças, conduzindo sua equipe para o sucesso e possibilitando o crescimento dos talentos da equipe.
Reside nestes aspectos o grande diferencial não apontado nos manuais de administração que trazem receitas prontas, mas excessivamente voltadas para fora do indivíduo que está em posição de comando. Obediência pode ser imposta ( e gerar desobediência), mas Respeito gera crença , que alimenta a fé e que fala direto ao coração .

E o homem (ser humano) com coração consegue perceber a simplicidade das coisas , admira a vida pelo que ela é e proporciona, entende o fluxo da natureza e o pulsar dos ciclos da vida, colocando-se como parte integrante dela, olhando os outros como uma extensão sua e buscando formar cadeias de interdependência onde as diferenças são primordiais para o processo de evolução da sociedade e do mundo.
Compreender a sua própria natureza e perceber a natureza do outro como indivíduo e como Ser, permite a quebra de velhos paradigmas, renovando as estruturas através do desprender daquilo que não funciona, como serpente que renova completamente a sua pele.

O líder combina a força da águia, o desprendimento da serpente e a maleabilidade da água, fonte original da criatividade, símbolo universal da fertilidade e da fecundidade. 

por:*Márcia Accioly Brelaz de Castro

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Dicas de prevenção para as férias nas estradas

Uma viagem de férias é um tempo de prazer, de despreocupação e de alegria. Para que isso aconteça, tudo deve ser programado com antecedência: A SEGURANÇA, os locais, a acomodação e o dinheiro necessário. Veja agora os pequenos cuidados que você deve ter com você próprio, com sua família e seu carro, na ida e na volta de umas férias:
·         O conforto e a segurança dependem muito da arrumação correta da bagagem que será levada.
·         O bagageiro muda a dinâmica do carro afetando a estabilidade e aumentando o consumo de combustível, portanto amarre bem tudo o que estiver nele; cubra com plástico de modo oferecer uma superfície resistente ao ar; e por fim... tome cuidado nas curvas.
·         Uma ultrapassagem segura exige, antes de tudo, uma avaliação correta da distância necessária para fazê-la. O motorista que estiver sendo ultrapassado deve facilitar ao máximo essa operação.
·         Observe com regularidade o painel de instrumentos, controlando as indicações de temperatura e as demais luzes de aviso. Esteja, também, atento aos diferentes cheiros que possam surgir de dentro e de fora do carro. Verifique os pneus, nível do óleo do motor, água do radiador, parte elétrica e cinto de segurança.
·         Evite refeições pesadas. Roupas apertadas prejudicam a circulação do sangue, portanto use roupas leves e folgadas.
·         Prepare uma boa merenda e leve alguns jogos para entreter as crianças.

CHEK-LIST DE FÉRIAS

·         caixa de primeiros socorros
·         certificado de propriedade
·         seguro
·         mapas rodoviários
·         agenda de telefones
·         estepe (verificar estado e calibragem)
·         macaco, triângulo e extintor de incêndio
·         alicate, chaves de fenda
·         01 jogo de chaves de boca
·         01 chave de velas
·         correia de ventilador
·         toalha para limpar as mãos
·         fusíveis, lâmpadas para faróis e lanternas
·         mangueira para radiador
·         massa epóxi, fita isolante, fio elétrico (02 metros)
·         01 lanterna com pilhas de reserva ou extensão de bateria
·         01 pedaço de arame (amarrar o escape)
·         sacos de aniagem (para desatolar)

NÃO DEIXE QUE O ACIDENTE ESTRAGUE SUA FESTA.

Durante as festas que se aproximam, ponha a "prevenção de acidentes" em primeiro lugar na lista de Natal, e planejando um pouco, as festas serão mais prazerosas se celebradas livres da tragédia dos acidentes.

·         Inspecione cuidadosamente o seu veículo principalmente agora (muita chuva, estradas esburacadas, cerração, etc.), exigindo boas condições de freio, faróis, setas e pneus.
·         As estradas estão congestionadas, pois nessa época, além da chuva, o trânsito é pesado, devido ao grande número de pessoas que viajam. Dirija com muita prudência e redobrada atenção.
·         Dirija sempre com cuidado e atenção, respeitando sempre a sinalização, principalmente agora, quando existem muitos buracos no asfalto.
·         Respeite os limites de velocidade. É ridículo tentar ganhar alguns minutos numa viagem e torná-la perigosa.
·         No volante de seu carro, você deve estar em perfeitas condições físicas e psicológicas. Evite bebidas alcoólicas, tanto no trânsito da cidade como das estradas.
·         LEMBRE-SE: no trânsito em nossas ruas e estradas, a grande maioria dos motoristas que causaram acidentes estavam embriagados.